quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O dia em que a terra parou

Se o poeta rockeiro Raul Seixas estivesse vivo, talvez ele cantarolasse " - Essa noite eu tive um sonho de sonhador, maluco que sou eu sonhei, com o dia em que a terra parou". Os versos de Raul me levam em pensamento à noite de 17 de dezembro de 2006. O sono que insistia em não vir, a angústia, o grito preso na garganta, aquele friozinho na barriga que não se pode explicar, ás horas que não passavam, os pensamentos que se confundiam em meio a tanta expectativa. O rádio que não desliguei, saudava uma manhã que entraria para sempre na memória de cada colorado, em cada pedaço deste mundo. Acorda colorado, dizia o locutor. Voz embargada, olhos lacrimejando, mãos que tremiam, resolvi preparar um café. Nas ruas, crianças, adultos, velhos, todos anciosos, aguardando o grande momento. Para mim foram 20 de anos de espera, para cada colorado uma contagem diferente, enfim, o grande momento chegou. O juiz apita, Yohokama, Japão, Internacional, Barcelona, surreal. Não posso dizer que só o fato de estar disputando um mundial contra um dos clubes mais poderosos e vencedores do mundo, já não era um conquista, mas durante os primeiros 45 minutos de bola rolando não consegui piscar, sequer uma vez. Fim de primeiro tempo, a ficha começou a cair, o placar zerado começava a dar uma timída esperança a milhares de colorados. O Inter jogava de forma imponente, tocava bola no campo catalão, empurra o Barcelona para defesa e criava chances. Retorna ao campo o time colorado, no rosto de cada jogador, semblante de concentração, o jogo da vida. Recomeça o jogo, o Barcelona enfim resolve atacar, o Internacional defende-se bem, o jogo toma tons dramáticos, Pato sente caimbras e é substítuido. Índio quebra o nariz e continua no jogo, Fernandão sente caimbras e Abel Braga chama Adriano Gabirú, jogador contestado, por vezes vaiado dentro do próprio Beira Rio. O destino quis que este jogador substituisse o melhor jogador colorado, no dia mais importante da história do clube. Quis o destino que este mesmo jogador, recebesse passe do "iluminado" Iarley, dominasse e friamente tocasse a bola sob o goleiro Valdez, tornando assim o autor do gol mais importante da história do Sport Club Internacional. Maluco seria o torcedor colorado que um dia imaginou este momento, maluco ou quem sabe sonhador, seria o colorado que imaginou que após 4 anos mais uma vez, lá novamente estaríamos. Talvez na noite anterior você não durma, talvez você fique horas imaginando, sonhando. Mas, este é o seu dia, torcedor colorado. Seremos mais uma vez, malucos sonhadores e pintaremos o mundo novamente de vermelho, e lembraremos do dia em que a terra parou, pela segunda vez...

A hora está chegando.. Abu Dhabi é logo ali!

Saudações coloradas!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Inter, o clube que não entrega

Sentei no sofá, preparei o café, liguei a TV e começei a imaginar o desfecho de mais um jogo que não valia nada para os interesses colorados. Curiosamente valia mais para os gremistas do que para nós torcedores do Inter. Mais um vez, o destino do nosso rival passava por nossas mãos. Uma derrota para o clube carioca, que era o mais provável, diga-se de passagem, deixaria o Grêmio fora da zona de libertadores, G-4. As suspeitas de que o Inter entregaria o jogo, eram coerentes, quem não lembra de 2009, quando o nosso coirmão fez jogo mole contra o modesto Flamengo, perdendo de virada, sob ordens de "tira o pé" e deixou o Inter com o vice campeonato. Deixando a rivalidade de lado e demostrando profissionalismo e dignidade, O Sport Clube Internacional tornou-se mais um vez exemplo, enquanto São Paulo era goleado pelo Fluminense e sua torcida cantarolava a derrota do seu time, que está de férias. O Inter entrou em campo disposto a vencer, mostrar traballho e preparar-se para o Mundial. Venceu o Botafogo com sobras, sem se preocupar com os interesses do rival, demostrando ser um clube verdadeiramente grande. A volta de Tinga e a grande atuação de Rafael Sóbis, que ainda está longe de ser o grande jogador de 2006, nos dão esperanças para dezembro, já que em Milão as coisas não vão nada bem, mas isto é assunto para outro post. Dito isto, vamos para o jogo contra o Vitória, com time titular, na despedida do Beira Rio antes da viagem para Abu Dhabi. Nosso grande sonho está cada vez mais próximo, a era vermelha está apenas começando, o mundo mais uma vez será pintado de vermelho. Enquanto isso, Força Felipão.. ( Só para não perder o costume) SDS Coloradas! Abraços e saudações coloradas!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Eu lembro, você lembra?

Como não temos mais nada para fazer neste campeonato brasileiro, resolvi recordar algumas peculiaridades do campeonato de 2009. Pra quem não lembra, disputavámos o caneco até a última rodada. Dependiamos de uma empate ou derrota do Flamengo no último e derradeiro jogo. Quis o destino que esta decisiva partida fosse contra nosso maior rival, Grêmio. O final da história todo mundo sabe. Nosso coirmão escalou um time reserva, nos deu uma pitada de esperança ao fazer o primeiro gol do jogo, mas entregou o título para o Flamengo, e é claro, viu seu rival amargar o vice campeonato. Porém, mais uma vez o destino deu o ar da graça. No ano seguinte, conquistamos o bi campeonato da libertadores e em dezembro em Abu Dhabi, temos a oportunidade de nos tornarmos o único clube brasileiro a conquistar duas vezes o mundial de clubes FIFA. Este ano, optamos por priorizar o mundial (a coisa certa a fazer) e desistir do brasileiro. Entretanto, temos uma missão. O lado Azul ainda alimenta a esperança de conquistar uma vaga para libertadores. Na nossa tabela, Botafogo, adversário direto do Grêmio nesta disputa. A direção do Inter, já fez sua parte, colocará time reserva nos jogos fora do beira rio. O restante ficará por conta do improviso, se é que vocês me entendem. Pensando por outro lado, seria ótimo conquistar um tri campeonato da libertadotes, com uma vitória sobre nosso arqui-rival, mas sem nossa ajuda, é claro. Rivalidades á parte, torcedor, direção e jogadores gremistas, sabem que não poderão contar com qualquer contribuição vermelha. Portanto façam sua parte, que a nossa, faremos nós. Enquanto isso, pelas bandas vermelhas já se respira Abu Dhabi, Falaremos disto no próximo post. Até lá.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Avisa lá, que Abu Dhabi é logo ali!

Enfim, o Inter dá adeus ao campeonato brasileiro. Jogo dinâmico, com chances para os dois lados. As melhores delas, disperdiçadas mais uma vez por nossos atacantes. Dois jogos decisivos, contra adversários diretos pelo título, e não saimos de dois empates frustrantes. Se lembrarmos que estamos a mais de 30 anos na fila do campeonato brasileiro, e que o "quase" tem sido um terrível pesadelo nos últimos anos, eu ficaria triste, talvez até decepcionado. Entretanto, torcedor colorado, somos o atual campeão da taça mais cobiçada e disputada das Américas. Nos últimos 4 anos conquistamos em instâncias internacionais, todos os títulos que um clube pode almejar. Em Dezembro temos a possibilidade de conquistar o bi campeonato do mundial de clubes Fifa, o único clube do Brasil a alcançar este feito, já que o mesmo foi reconhecido pela Fifa somente apartir de 2000. No discurso, o Inter ainda mantinha as esperanças do seu torcedor em finalizar o ano com a faixa de tetra campeão brasileiro. No campo, a história foi diferente. Não faltou vontade, não faltou garra, nada disso. Faltou querer, desejar. Isto mesmo, desejar, como desejamos contra o Estudiantes em La Plata, gol no apagar das luzes, gol na fumaça. Aliás, no futebol isso é tudo. O brasileiro, apartir de agora servirá de treino de luxo para nossos jogadores, e principalmente para nosso técnico. Discordo dos gritos de burro, das vaias. Torcedor é passional, eu entendo. Mas o momento agora é de compreensão. Alecsandro não é o culpado pelos gols que não acontecem, afinal a bola não tem chegado lá. Rafael Sobis não está no seu melhor momento, mas está fora de posição. Wilson Mathias, " o espetacular", desculpe Fernando Carvalho, mas não tem nada de espetacular. É um jogador modesto, comete muitas faltas, não compromete, mas não é o substituto de Sandro. Celso Roth terá bastante tempo para identificar carências e promover as mudanças que não necessárias. Enfim, em dezembro, não faltará o ' desejar". Dito isso, informo que o blog do Perneta concentrará todas suas atenções no mundial de clubes. A Internazionale de Milão, possível adversário numa emocionante final, receberá atenção especial. A marcação implacável, começa agora. O coração colorado, já começa a palpitar forte, o sangue vermelho, mais vermelho do que nunca. Portanto, torcedor colorado. Avisa lá, que a Abu Dhabi é logo ali. Até lá.